Membros do Rally Nacional da França defenderam a mineração de Bitcoin como uma forma de monetizar a eletricidade nuclear em excesso da França.
Resumo
76 deputados franceses, liderados pelo Rally Nacional, propuseram um projeto piloto de mineração de Bitcoin de cinco anos usando energia nuclear excedente.
A frota nuclear da França produz mais de 70% da eletricidade do país.
Os legisladores argumentam que a iniciativa reduziria as perdas económicas associadas à venda de eletricidade excedente a taxas de mercado baixas.
De acordo com o meio de comunicação francês Le Monde, os legisladores de extrema-direita posicionaram a mineração de Bitcoin como uma solução prática para ineficiências energéticas e econômicas de longa data, argumentando que a rede nuclear subutilizada do país oferece uma oportunidade inexplorada para gerar valor digital.
Por que os legisladores franceses estão recorrendo à mineração de Bitcoin?
A rede elétrica da França frequentemente produz mais eletricidade do que o mercado demanda, especialmente de sua vasta rede de usinas nucleares, que geram mais de 70% da eletricidade do país.
O Le Monde reporta que os deputados do Rassemblement National veem a mineração de Bitcoin como uma forma de transformar esta eletricidade nuclear excedente, muitas vezes vendida a prejuízo ou desperdiçada completamente, em um recurso industrial produtivo.
Eles argumentam que a rede de energia da França, fortemente dependente da energia nuclear, gera frequentemente excedentes durante os períodos de menor consumo. Sem capacidade de armazenamento adequada, esses excedentes sobrecarregam a rede e deprimem os preços da eletricidade no atacado.
O Rally Nacional enquadrou a questão como uma questão de soberania e reindustrialização. Em vez de permitir que a energia não utilizada se perca — ou vendê-la a prejuízo durante períodos de baixa procura — eles defendem o seu uso para minerar Bitcoin.
Ao fazer isso, argumentam, a França poderia aliviar a pressão financeira sobre a sua frota nuclear, ao mesmo tempo que colocaria a eletricidade excedente a um uso produtivo, em vez de a vender a prejuízo ou deixá-la ir para o desperdício.
Os apoiantes sustentam que tal estratégia não só ajudaria a estabilizar a rede nacional, mas também atrairia investimento em infraestrutura digital, potencialmente dando à França uma vantagem competitiva na economia cripto europeia.
Um ensaio de cinco anos
No mês passado, um grupo de 76 legisladores, liderado pelo Rally Nacional, já submeteu uma proposta à Assembleia Nacional Francesa, pedindo um projeto piloto nacional de mineração de Bitcoin utilizando energia nuclear em excesso.
A proposta prevê um programa piloto nacional de cinco anos que permitiria aos produtores de eletricidade redirecionar o excedente de energia para operações de mineração de Bitcoin. Esses centros de mineração estariam localizados junto a instalações de produção nuclear, permitindo o acesso em tempo real à eletricidade ociosa durante períodos de baixa demanda.
De acordo com a proposta, o piloto seria governado por um decreto do Conselho de Estado francês e incluiria mecanismos de supervisão rigorosos. Os centros de mineração operariam apenas quando a rede experienciar um excesso de oferta, e desligar-se-iam automaticamente quando a demanda aumentasse, preservando assim a estabilidade sem afetar a entrega de energia ao consumidor.
A proposta também delineia objetivos secundários, incluindo a recuperação do calor gerado por equipamentos de mineração, a reindustrialização de infraestruturas abandonadas e a estimulação da atividade econômica local.
De acordo com estimativas da Associação para o Desenvolvimento de Ativos Digitais (ADAN) citadas na proposta, redirecionar apenas um gigawatt de eletricidade excedente poderia gerar entre $100 milhões e $150 milhões anualmente, o que é considerado suficiente para compensar os custos fixos na frota nuclear da França e fornecer uma nova fonte de receita pública.
Tendências de mineração de Bitcoin em todo o mundo
A França não está sozinha em ver a mineração de Bitcoin como uma ferramenta estratégica para a otimização energética e o desenvolvimento econômico. Em todo o mundo, vários governos lançaram ou propuseram iniciativas de mineração apoiadas pelo estado.
O Paquistão, por exemplo, anunciou planos para desviar até 2.000 megawatts de eletricidade excedente para a mineração de Bitcoin e centros de dados de inteligência artificial no início deste ano.
Em outros lugares, o Butão tornou-se discretamente um dos maiores mineradores de Bitcoin apoiados pelo estado do mundo. Desde 2020, o governo, através de seu braço de investimento Druk Holding & Investments (DHI), minerou mais de 11.400 BTC, um montante equivalente a quase 40% do PIB da nação.
Entretanto, El Salvador, o primeiro país a adotar o Bitcoin como moeda legal, tem alimentado a sua mineração de Bitcoin com energia geotérmica vulcânica.
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A França considera redirecionar o excedente nuclear para a mineração de Bitcoin apoiada pelo estado
Membros do Rally Nacional da França defenderam a mineração de Bitcoin como uma forma de monetizar a eletricidade nuclear em excesso da França.
Resumo
De acordo com o meio de comunicação francês Le Monde, os legisladores de extrema-direita posicionaram a mineração de Bitcoin como uma solução prática para ineficiências energéticas e econômicas de longa data, argumentando que a rede nuclear subutilizada do país oferece uma oportunidade inexplorada para gerar valor digital.
Por que os legisladores franceses estão recorrendo à mineração de Bitcoin?
A rede elétrica da França frequentemente produz mais eletricidade do que o mercado demanda, especialmente de sua vasta rede de usinas nucleares, que geram mais de 70% da eletricidade do país.
O Le Monde reporta que os deputados do Rassemblement National veem a mineração de Bitcoin como uma forma de transformar esta eletricidade nuclear excedente, muitas vezes vendida a prejuízo ou desperdiçada completamente, em um recurso industrial produtivo.
Eles argumentam que a rede de energia da França, fortemente dependente da energia nuclear, gera frequentemente excedentes durante os períodos de menor consumo. Sem capacidade de armazenamento adequada, esses excedentes sobrecarregam a rede e deprimem os preços da eletricidade no atacado.
O Rally Nacional enquadrou a questão como uma questão de soberania e reindustrialização. Em vez de permitir que a energia não utilizada se perca — ou vendê-la a prejuízo durante períodos de baixa procura — eles defendem o seu uso para minerar Bitcoin.
Ao fazer isso, argumentam, a França poderia aliviar a pressão financeira sobre a sua frota nuclear, ao mesmo tempo que colocaria a eletricidade excedente a um uso produtivo, em vez de a vender a prejuízo ou deixá-la ir para o desperdício.
Os apoiantes sustentam que tal estratégia não só ajudaria a estabilizar a rede nacional, mas também atrairia investimento em infraestrutura digital, potencialmente dando à França uma vantagem competitiva na economia cripto europeia.
Um ensaio de cinco anos
No mês passado, um grupo de 76 legisladores, liderado pelo Rally Nacional, já submeteu uma proposta à Assembleia Nacional Francesa, pedindo um projeto piloto nacional de mineração de Bitcoin utilizando energia nuclear em excesso.
A proposta prevê um programa piloto nacional de cinco anos que permitiria aos produtores de eletricidade redirecionar o excedente de energia para operações de mineração de Bitcoin. Esses centros de mineração estariam localizados junto a instalações de produção nuclear, permitindo o acesso em tempo real à eletricidade ociosa durante períodos de baixa demanda.
De acordo com a proposta, o piloto seria governado por um decreto do Conselho de Estado francês e incluiria mecanismos de supervisão rigorosos. Os centros de mineração operariam apenas quando a rede experienciar um excesso de oferta, e desligar-se-iam automaticamente quando a demanda aumentasse, preservando assim a estabilidade sem afetar a entrega de energia ao consumidor.
A proposta também delineia objetivos secundários, incluindo a recuperação do calor gerado por equipamentos de mineração, a reindustrialização de infraestruturas abandonadas e a estimulação da atividade econômica local.
De acordo com estimativas da Associação para o Desenvolvimento de Ativos Digitais (ADAN) citadas na proposta, redirecionar apenas um gigawatt de eletricidade excedente poderia gerar entre $100 milhões e $150 milhões anualmente, o que é considerado suficiente para compensar os custos fixos na frota nuclear da França e fornecer uma nova fonte de receita pública.
Tendências de mineração de Bitcoin em todo o mundo
A França não está sozinha em ver a mineração de Bitcoin como uma ferramenta estratégica para a otimização energética e o desenvolvimento econômico. Em todo o mundo, vários governos lançaram ou propuseram iniciativas de mineração apoiadas pelo estado.
O Paquistão, por exemplo, anunciou planos para desviar até 2.000 megawatts de eletricidade excedente para a mineração de Bitcoin e centros de dados de inteligência artificial no início deste ano.
Em outros lugares, o Butão tornou-se discretamente um dos maiores mineradores de Bitcoin apoiados pelo estado do mundo. Desde 2020, o governo, através de seu braço de investimento Druk Holding & Investments (DHI), minerou mais de 11.400 BTC, um montante equivalente a quase 40% do PIB da nação.
Entretanto, El Salvador, o primeiro país a adotar o Bitcoin como moeda legal, tem alimentado a sua mineração de Bitcoin com energia geotérmica vulcânica.